sexta-feira, 24 de junho de 2011

Relatos Nada Verídicos do Castelo: A chegada do caixote amarelo

Para os desavisados - e para qualquer membro do blog que esteja procrastinando -, é bom informar que nesta seção contaremos os ocorridos - que, para constar, são deveras verídicos - no Castelo. Das narrativas mais bizarras sobre a Marmota aos casos mais enfadonhos do nosso querido Polônio. Se você ainda não sabe o que será abordado em cada seção do CM, é bom se informar bem aqui - isto vale também para os procrastinadores anteriormente citados.

Pois bem, este é o primeiro post da seção que realmente irá trazer uma narrativa do Castelo. É por isso - ou justamente por isso - que teremos de marcá-lo como o começo. E o nosso começo tem um verdadeiro sentido com a chegada do Mafagafo. Assim sendo, é isto que se conta neste post - divirtam-se, mas com juízo (reflexão sobre aviso desnecessário)...

>> Os primeiros detalhes sobre a chegada do Mafagafo em seu caixote ao estilo banana - um verdadeiro Segredo de Estado...
Existia, nas bordas de uma dimensão alternativa, uma bolha deveras isolada de qualquer outra coisa. Nesta bolha começa este relato. Tudo pelo fato de que, na bolha, existia, por falta de outra palavra, uma cidade. Bem, na verdade, a cidade era a bolha. Então, meus caros, era uma cidade bem isolada.

A bolha até poderia ser considerada uma parte perdida do Acre, mas qualquer evidência era apenas mera coincidência. E é neste lugar isolado que se encontrava um grupinho nada comum em comparação com o resto dos habitantes dali.

Formado por quatro integrantes com ideias revolucionárias, foram carinhosamente chamados de Saga - olhe, qualquer comentário sobre o nome pode ser respondido pelo Mr. PB depois... - e eram estudantes de uma instituição que formava robôs treinados para o governo do lugar - cujos objetivos eram relacionados com a economia local e a frequência em comemorações regionais, mas isso não vem ao caso, pelo menos por ora.

Não tinham um líder eleito e pareciam pensar em conjunto, mas cada um tinha seu jeito. 

Alfa era quem tinha a planta de todas as construções da bolha e estava infiltrado em uma loja de tecnologia extraterrestre. Escondia sua verdadeira identidade através de capas escuras.

Aluado (Aluado diz: Gente, estou na historinha!) era responsável pelos discursos e qualquer coisa que envolvesse um certo pensamento artístico (Aluado diz: Também era o mais esperto e o mais popular, além disso... [Khinder não lhe deixa continuar]).


Drawor dominava qualquer recurso tecnológico e tinha todo tipo de espionagem nas panelinhas da sociedade. Era poliglota e sabia todo tipo de código possível.


Khinder tinha altas habilidades matemáticas e também dominava quase todo tipo de língua, com exceção das gírias locais. Boatos de que estava construindo um xadrez humano não foram confirmados.

Na instituição, nunca participavam dos rituais de dança em eventos sociais alegres, promovidos para a interação entre os membros da bolha. Por isso, se destacavam e eram considerados estranhos.

A Saga reunia-se frequentemente para abordar as limitações e o isolamento da bolha. Além disso, temiam os programas usados pelos generais locais para diminuir o volume de massa encefálica da população. Por não gostarem dos padrões sociais do local eram frequentemente vigiados pelas autoridades da bolha - que incluíam o seleto grupo de mulheres meio aves dominadoras da instituição.

Certa vez, Drawor e Aluado comunicavam-se por sinais de fumaça. Foi aí que surgiu a ideia de montar uma fortaleza que tivesse comunicação com o exterior da bolha. Alfa e Khinder se juntaram aos dois, como de costume, e arranjaram um depósito de atum para tornar físico o projeto.

No depósito de atum, Aluado e Khinder trabalhavam incansavelmente em máquinas de escrever, tornando possível a transmissão de bizarrices e curiosidades. Enquanto isso, Drawor e Alfa estabeleciam contatos exteriores para que a fortaleza de ideais chegasse até terras deveras afastadas. Nasceu o Planeta Bizzarro.

Logo, o vulgo PB atingiu relações de amizade pelas dimensões alternativas e as ideias de revolução, que traziam na bagagem curiosidades, eram responsáveis por revoltas no governo da bolha. E as autoridades locais estavam caçando os revolucionários.

Houve até um projeto chamado "Bizarrice Atômica" que foi responsável por fazer uma certa lavagem cerebral em Alfa que, continuando o plano, puxou Khinder. Os dois ficaram presos em uma dimensão alternativa fora de qualquer contato com o PB, mas voltaram para a equipe da revolução mais tarde.

Isolados no depósito de atum, que ficava perto do Mar da Bolha, os quatro trabalhavam por seus ideais. Tudo era transmitido com sarcasmo e ironia que devorava as bases da bolha. Mas precisavam ficar escondidos.

Tudo ia complicado e o alimento vegetariano estava acabando, quando, em uma noite chuvosa, a mais chuvosa da história da bolha, algo numa onda do Mar da Bolha chamou a atenção dos quatro.

Era amarelo com manchas pretas. Parecia um cubo. E, de fato, quando aquilo parou perto do depósito de atum, a Saga concluiu que era um caixote cúbico ao estilo de uma banana. Alfa usou de uma tecnologia desenvolvida pela loja onde era infiltrado até pouco tempo ao fiscalizar se não se tratava de uma armadilha das autoridade locais. Não era.


E abriram o caixote.

Um nugget de frango estava lá, bem ao centro. E, depois de um tempo curto, começou a saltar sem parar. Mas parou. E quando parou, algo estranho aconteceu. Começou a ficar bem maior e, passado segundos, era um nugget de frango com braços e pernas um tanto quadradas. E, quando viram, olhinhos negros apareceram, juntamente com uma boca cheia de dentes horrendos - mas, por sinal, bem brancos... O creme dental? O número 1 em recomendação pelos dentistas! - e uma surpresa sem igual. Era um mafagafo.

Haviam lido sobre eles em livros confiscados pelas autoridades. Pelo pouco que sabiam, odiavam amarelo e foram mortos pelos colonizadores da bolha.

O mafagafo estava fraco e parecia que beirava a morte. E algo martelou na cabeça dos quatro: "Mafagafos odiavam amarelo... A cor lhes era mortal!". Logo, o caixote estava queimando e nada com a cor proibida estava no local.

Começaram a tratar do mafagafo que passou a ser Mafagafo e confiavam na criatura - mesmo sabendo do alto poder da mesma -, pois, de alguma forma, sabiam que ela não havia sido enviada pelas autoridades.

E... 

Bem, o resto, a próxima parte, a continuação - ou seja lá como preferir - virá em breve. Neste mesmo blog, neste mesmo endereço virtual.


P.S.: Que a curiosidade sobre o restante da chegada do Mafagafo lhe consuma...


:)