quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dicas da Equipe: Levando Burton ao Peregrino, encontrando Alice em Nightwish e apreciando Dalí

Misture Nárnia com Tim BurtonNightwish com Alice e deixe Salvador Dalí no final (com todo o respeito que merece, claro). São as dicas da Equipe - quentes ou frias, o importante é indicar.


1) Navegando por Nárnia - e mais além

Quando uma pintura na parede que decide jogar água para todos os lados, um navio estiloso que começa a navegar por ilhas misteriosas e um dragão que enfrenta uma serpente marinha se juntam num só filme, o que se espera é um show - em todos os sentidos. Na verdade, este show ganhou a forma da terceira aventura em Nárnia.

Certo, nem tudo foi positivo. Mas a maré parece estar do lado do filme: o que se vê, em maioria, é um ótimo longa.

O filme, com direção de Michael Apted e com a presença da FOX, é inspirado na obra sem igual - em sentido de coisas boas - de C.S. Lewis. Os sete livros são admirados até hoje por muita gente e são alavancas para sonhos e fantasias. A adaptação em questão é a terceira crônica (contando em ordem de publicação): As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada.


O bom é o diferencial dos outros dois filmes. Já começamos em uma realidade distante dos irmãos mais velhos (Pedro e Susana) e com uma nova (e irritante) figura: Eustáquio Clarêncio Mísero. Desta vez, Lúcia e Edmundo têm de passar as férias na casa do primo chato (sim, Eustáquio).

Logo, os três são levados para Nárnia - sim, Eustáquio também - e ajudar o agora rei, Caspian, a encontrar sete lordes desaparecidos parece ser a nova missão. Tudo a bordo do navio mais estiloso que já vi: o Peregrino da Alvorada.

O que se vê em diante é uma onda gigante de belos efeitos. Ponto que merece ser destacado. Tudo indica que finalmente a franquia parece estar encontrando um estilo, uma estética própria. O único tropeço nos efeitos vem com a aparição de uma estranha névoa verde - que representa a tentação e se torna a grande vilã.

Névoa verde que pede a luz dos holofotes - uma luz negativa, meus caros. A queda mais longa do filme foi ela. Para começar, é apresentada em um efeito que desmoraliza totalmente a grandiosidade que está em nossa frente. E, como a primeira impressão é a que geralmente fica, a tal vilã acaba perdendo pontos. Certo, admito que a ideia de materializar a tentação enfrentada pelos personagens - a tentação grita na narrativa - é boa: principalmente quando assume rostos conhecidos (parece existir uma quedinha pela Feiticeira Branca na franquia: ela insiste em aparecer, mas, meus caros, é estranho enjoar de um rostinho tão belo e maligno...) e deixa todos um tanto "enlouquecidos".

Bater na mesma tecla. Foi uma técnica opcional? A névoa verde aparece em todos os cantos - ora escorrendo entre um tesouro, ora fluindo das páginas de um livro -, o que, para muitos pode aborrecer. Achei legal. Aliás, como já disse, retornar a trazer a Feiticeira Branca (mesmo que apenas a "lembrança" dela) foi realmente bom - ainda mais com ela incorporando uma sombrinha de maldade pouco notada nos outros filmes (talvez seja a cor verde...).

Enfim, a névoa verde tem uma estreia negativa. Mas logo se recupera. Mesmo assim, a luz dos holofotes ainda continua com uma cara de desaprovação. Foi o que a maioria achou da vilã. Onde fico? Em gostar e desejar que ela desapareça - ora legal, ora fraca demais...


Deixando um pouco a névoa verde, partimos para falar de crescimento. Crescimento este, que foi notado na atriz Georgie Henley (Lúcia). Mas nada de beijar as botinhas dela por uma interpretação totalmente maravilhosa. Não. Se por um lado no primeiro filme o choro da jovem mais parecia uma sessão de gargalhadas, aqui ela está um pouquinho mais madura - o que ajuda muito. O confronto de seu personagem com a tentação da vaidade abre uma porta de "trabalho bem feito" para ela. Já Skandar Keynes (Edmundo) não pareceu passar tudo o que se esperava - os desentendimentos entre ele e Caspian chegam a ser bobos. Ben Barnes (Caspian)? Nada muito surpreendente. Se queria deixar o personagem com ar orgulhoso e convencido até que conseguiu. Mas o alvo dos holofotes - positivos, desta vez - por todos os lados foi Will Poulter (Eustáquio). Temos que aceitar sua bela interpretação. O problema foi o humor jogado ao filme. Eustáquio tentou, muitas vezes, fazer o público rir de seu jeitinho enjoado e chegou a escorregar na meleca do humor tolo. Pena. Sem contar que outras vezes o personagem parecia falar com o chão, algo estranho, como se não pertencesse ao filme nem estava em Nárnia - então temos de aprová-lo, já que Eustáquio deveria ser assim...

Humor tolo? Sim, algumas vezes. Isso deixou o filme um tanto sem moral. Mas passou e não vale ser lembrado como um grande furo.

Destaque para Ripchip: finalmente ganhou um momento ao sol que já lhe pertencia fazia tempo.

A tentação teve seu lado bom: deixou o filme um tanto mais sério e um pouco adulto - apesar de muito ser dito que a infantilidade insistiu. O momento em que Lúcia "sumiu" em seus desejos incertos chegou a ser, por assim dizer, belo (falo da porta no espellho, principalmente) e perturbador.

Também é preciso suspirar com a magia resgatada do fundo do mar - sempre achei esta crônica a que envolvia mais feitiços e coisas do tipo - que, com certeza, ficou ótima e deu um novo ar para o filme. Este foi o capítulo que mais teve a presença de elementos do sonho: o jardim dos Tontópodes, para falar a verdade. E a magia com seriedade: o Livro do Mágico, em ponto principal.

Houve também presença forte de elementos dos filmes passados: não só a Feiticeira, mas também detalhes no mapa entregue pelo mágico ou em pinturas belas no navio.

E Aslam? Como sempre: belo e uma ótima presença. Talvez neste ele tenha sido realmente um destaque sem fronteiras. Realmente, foi uma peça decisiva no filme.

Enfim, um belo filme (o 3D ajudou, devo falar). Confesso que apenas consegui digerir toda a beleza na segunda vez que assisti (a segunda foi em 3D, a primeira não). Gostei? Apenas na segunda vez notei que adorei o filme. A primeira foi uma questão de apresentação - onde tudo passou rápido e alguns detalhes despercebidos.


Roubaram a cena
Quem teve um destaque surpreendente e prendeu a atenção do público em todas as aparições

Peregrino da Alvorada: o navio é estiloso. Por vezes me parece infantil demais. E isso assume um lugar bom. Cheio de detalhes, virou personagem. E o navio veio de suor e trabalho (não falo de trabalho em frente ao computador, não...): com 125 toneladas, a construção gastou cinco meses e mais de 4,5 milhões de reais. Sem contar que foram usados 4 km de cordas, 400 litros de tinta e 2 km de pranchas de madeira. Além disso, foi "criado" em 60 peças separadas - que depois foram unidas. A produção teve um verdadeiro trabalho - que, sem dúvidas, valeu a pena.

Ripchip: destaque para a cena do duelo e o ar de nobre do ratinho.

Travius, o minotauro (ele realmente se chama assim? Não tenho certeza absoluta): fez bem um momento de humor e arrepiou na pose de comando. Dando ordens foi um verdadeiro general. As poucas cenas em que luta foram boas, mas aposto que muita gente queria ver mais - ele poderia muito bem ter um papel acentuado na batalha contra a serpente marinha.

Serpente marinha: muito bem caracterizada. Se por um lado o medo que Edmundo mantinha por ela chegava a dar cansaço, por outro, teve razão em temer este monstro muito interessante.


Tentaram, mas não roubaram a cena
Não atraíram muita atenção - pelo menos positiva -, apesar de possuírem uma boa aposta de sucesso

Névoa verde: mais negativa do que o contrário, teve mais baixos do que altos. Enfim, deixou a desejar no papel de vilã (um pouco pela apresentação, outro tanto pela falta de conteúdo como personagem)...

Gael: a menininha meiga que tenta ser um clone da Lúcia - e, pelo jeito, tentou arrancar lágrimas do público - soou irritante (num sentido estranho da palavra) e não alcançou seu objetivo. Poderia ser melhor explorada e tornar o papel bem interessante - sem parecer, por vezes, um clichê.


Coisas antes não destacadas
Vale a pena destacar

# As cenas são belas e possuem cores ótimas;
# A cena em que Eustáquio parece "explorar" o navio é um verdadeiro passeio pelo Peregrino - o que se faz muito interessante;
# A dublagem foi um ponto negativo - aliás, muito negativo;
# O filme foi, em suma, bem fiel ao livro: deixa até sinais e pistas das palavras de Lewis;
# Em questão de ritmo, é bom. Tudo acontece de forma muito rápida, deixando você preso (tente ver o lado bom da palavra) e o tédio no fundo do mar - coisa que os outros filmes não conseguiram atingir tão bem.


P.S.: A dica pode estar atrasada, pelo menos em questão de cinema, mas vale a intenção, não acha?



2) Dê uma de Stain Boy pelos corredores do site oficial do Tim Burton

Gosta do estilo Tim Burton? Quer ver obras do gênio? Fácil. E você nem precisa sair de onde está para se transformar em Stain Boy e ir percorrendo o site oficial do Burton.


Guiando - e, praticamente, sendo - Stain Boy, admire obras fantásticas do diretor de filmes consagrados, tais como "A Noiva Cadáver", "Edward-Mãos-de-Tesoura" e "Alice no País das Maravilhas".


Então, o que espera para mergulhar nesse lago preto e branco online? Acesse agora: http://www.timburton.com/.

Só mais dois pontos: Enquanto o site carrega - o que, geralmente, não demora muito - aprecie cada número (você irá entender quando acessar o link). Também curta a "trilha sonora do site".

Enfim, não deixe de se surpreender outra vez com Tim Burton...



3) Escutando Nemo

Realmente a banda escandinava Nightwish acertou na canção Nemo. Claro que a voz de Tarja ajuda muito... Mas a letra é, praticamente, perfeita. Então, uma boa dica é ouvir esta música tão maravilhosa:


Só quem acompanha a banda para saber como a vocalista Tarja deixou um imenso espaço vazio. Mas é essa a realidade, meus caros.

Bem, como o site oficial também é bacana, fica como outra dica navegar pela página em português bem aqui. Lá me informei da produção IMAGINARIUM by Nightwish.



4) Lendo Alice

Leitura rápida e deveras interessante é Alice: tanto o País das Maravilhas quanto o dos Espelhos. Uma boa pedida é a edição de bolso da Zahar. Encontre aqui.




5) Dalí merece ser admirado

Vá mais além de "A Persistência da Memória". O gênio surrealista Salvador Dalí tem muito o que mostrar. Uma rápida pesquisa no Google irá revelar obras tão fantásticas quanto belas.



Assim se fecha o primeiro post desta seção. Indicar é o objetivo. Se você irá seguir a dica... É outro caso.


Fontes:
Nightwish - the Official Website (página em português)

*_*



Um comentário:

  1. Vou dar uma dica: domesticação de pôneis!!!!!!!!!!! É ótimo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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